quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Migalhas #Novembro

Mais uma ilustração para a Migalhas. Desta vez sobre uma pessoa importante a visitar Lisboa. Alguém identifica?


terça-feira, 26 de outubro de 2010

Fina Umbelina

Aqui fica mais um dos desenhos que fiz para o texto Fina Umbelina. Esta era a minha avó, quando era novinha.


segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Cópula, percebes?

Para pôr fim a esta chalaça dos percebes, aqui fica o último dos mesmos. Foi um dos exercícios para o mestrado e custou a parir, como todos os outros. A minha relação com os percebes acaba aqui!

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

abelharucos em abelhas

E como isto não tem fim, ingressei nas artes das aves. Para quem percebe disto, é muito provável que esteja medíocre. Para quem não é entendido na matéria, é provável que goste. Venham daí para criticar, se tiverem coragem!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

sushi time! (continuação)

Isto não tem fim... alguém ajude, por favor!...

sushi time!

Antes fosse hora de um sushi! Mas não, é apenas uma das ilustrações que tenho que fazer até 6ª. A preparação de um sushi. A fica a primeira posta e a respectiva vítima.



segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Entre o Céu e o Inferno

Já aqui tinha postado uma parte deste trabalho, mas agora está aqui finalizado. Não é a melhor fotografia, mas esta coisa é complicada de fotografar... Aí está o cenário para o Auto da Barca do inferno de Gil Vicente, pela companhia de teatro "o sonho".

sábado, 28 de agosto de 2010

Roberta, a ex-Ronalda

Esta casa corre o risco de se tornar num aviário. Começámos com o Chico, depois passou por aqui uma rola diamante (já para não falar dos pombos) e a mais recente aquisição, a Roberta, uma codorniz que encontrei (e surripiei) em Santos, à porta do tal armazém/teatro onde tenho estado a trabalhar. Ora se o bicho já é difícil de avistar no campo, como raio é que o fui apanhar em Lisboa?...Estacionei o carro e lá estava ela, mesmo em frente.
Há várias espécies de codorniz, suponho que esta seja a Coturnix coturnix, ou seja a espécie selvagem, europeia, já que as de aviário são geralmente as Coturnix japonica, mais amareladas. Não sendo de aviário, é provável que se tenha perdido a meio de uma migração, não sei... que é estranho é.
Decidimos soltá-la perto de Alcochete numa zona onde se ouvem codornizes, na esperança de que ela encontre o seu rumo e que não se atire para Santos novamente! Roberta, Ronalda, Cristiana, voa voa mas não caias em Lisboa!
(Acho que o chico não estava a gostar...)

terça-feira, 24 de agosto de 2010

trabalhos no inferno

Aqui está mais uma peça inacabada para a o Auto da barca do inferno. Escultura em esferovite, acabadinha de pintar.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

work in progress

Ando a fazer isto.
Cenografia para a peça "Auto da barca do inferno", de Gil Vicente, pela companhia de teatro "O Sonho". Estão a ver aquele barracão com aspecto abandonado atrás do stand de automóveis, atrás do IADE? Pois é, isso é um teatro... E é aí que estou a fazer estas coisinhas de 3,80 m de altura. Este é o lado do inferno, e aqui ainda não está acabado.
No fim ponho tudo!

domingo, 20 de junho de 2010

Fina Umbelina

Esta é uma das 8 ilustrações que estão a ser feitas para o texto "Fina Umbelina". Todas elas serão feitas a meias com outra ilustradora. 4 partirão de mim, e ela intervirá, outras 4 partirão dela e sou eu que intervenho, ela numa vertente mais artística, eu numa mais científica. Assim que tiver o resultado desta, ponho-a aqui, para os curiosos!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Fina Umbelina

Às vezes cheira-me a infância. Aos piqueniques em família, aos Natais e Páscoas felizes, às férias de verão quando ainda eram grandes…

Vêm-me à ideia imagens que ficaram gravadas em slides e que substituíram as memórias que guardava na cabeça. Aquela luz que era a da manhã e de outro tempo, na bancada da cozinha dos meus avós em Valongo dos Azeites, ainda hoje me lembro dela. Ao lado do meu primo, ele com um ar envergonhado, eu desafiadora, aquele laranja-de-cortinado-e-de-móvel-de-cozinha batido pelo sol, e o poético contra-luz procedido por uma das falsas sopas que, como todas as crianças, gostava de fazer, trazem-me à memória tudo o que tinha de bom a minha infância, a altura em que todos os que amava eram vivos. Como se todas essas memórias tivessem passado a memórias após a morte trágica, quase Tarantinesca, da minha avó: Umbelina de Lourdes.

Lá na terra, a pior ofensa que se pode receber de alguém é ser-se chamado de bruto. Pior que burro, estúpido ou anormal, “bruto” pode até dar direito a pancadaria. Bruta era o que a minha avó era com os quatro filhos. Bruta à moda de Lisboa, não à de Valongo dos Azeites. Áspera com as pessoas na sua generalidade, bruta com os filhos, especialmente com a filha que por ser mulher ainda apanhava mais, é precisamente pela filha desta (eu!) que se deixa caçar. Parecia sempre ter vergonha de beijinhos e mimos de várias ordens, reagindo a estes como se de um homem à antiga se tratasse. Do amor que nutria pelos meus primos não posso falar, só daquele que me diz respeito, e desse posso dizer com toda a certeza que era o que se espera que uma avó tenha pelos seus netos.

Num porquinho amarelo de porcelana, juntava dinheiro para me dar às escondidas dos outros netos. Se calhava a estarem por perto no momento da despedida, o dinheiro lá era dividido por todos e com um gesto brusco, quase nos aleijava quando nos enfiava o dinheiro no bolso. Mas tinha também outras técnicas. Nas cartas em que me escrevia, dentro de um papel químico, guardava uma nota e avisava sempre na carta que me enviava dinheiro, não fosse alguém nos correios ficar com ele. Mas, como tudo isto se passava nas costas do meu avô, teve que deixar de me avisar porque ele, também nas costas da minha avó, lia as cartas. Ora como ela me mandava dinheiro às escondidas, passou a marcar as cartas com uma cruz, e assim eu saberia que era suposto encontrar um tesouro lá dentro. Claro que o meu avô sabia o que a cruz queria dizer… A última nota que recebi era de dois contos.

Dizia que tinha um nome fino, à francesa, até que, numa investida ao cartório de São João da Pesqueira, terra do homem com o maior bigode de Portugal conhecido até à data, descobri que aquele Lourdes não tinha o ou de que tanto se orgulhava. Fora apenas uma coisa de que se convenceu, não se sabe bem porquê, já que nem no bilhete de identidade tal nome aparecia. Descobri também que andou uma vida inteira a comemorar o seu aniversário dez dias depois do que devia e que também esta informação estava no bilhete de identidade. Foi preciso ir ao cartório para nos lembrarmos de confirmar todas estas informações, no documento que ela tinha em casa…

Sempre que me cheira a lareira, cheira-me à minha avó, quando chegava da terra com uma grande caixa de cartão cheia de uvas, azeite e jeropiga, tiradas do porta-bagagem da carreira de São João da Pesqueira, a terra do homem com o maior bigode de Portugal conhecido até à data. Vinha para Queluz, para a nossa casa, com o seu cabelinho acabado de arranjar, cheio de pequeninos caracóis e estranhos reflexos azulados. Vinha da terra para a cidade, onde viveu metade da sua vida e onde queria acabar depois de morta. Foi feita a sua vontade.

No dia em que morreu, ri-me antes de chorar, numa confusão total dos músculos na minha cara. Soube antes de entrar em casa, já com a chave na mão, quando ouvi a minha mãe num pranto indescritível ao telefone.

Há já uns tempos que não sonho com ela. Mas quando acontece, vem, como todos os meus mortos, passar umas férias a este mundo. Às vezes volta definitivamente e fica no ar a questão “então e não morre, nunca mais?”.

Faz neste mês 10 anos que o meu avô se esqueceu de travar o carro depois de o estacionar na rampa da casa. Faz neste mês 10 anos que a minha avó passou em frente ao carro no momento em que ele começou a andar. Faz 10 anos que os meus pais e os meus tios andaram a limpar e a pintar a garagem, e mesmo passado este tempo todo continuo a procurar vestígios na parede, desse dia 5 de Junho de 2000.

Esta foi a minha avó, durante 20 anos. Umbelina de Lurdes, nascida e morrida na terra, que estes olhos há-de comer.

Junho de 2010

Ilustração no migalhas de Junho

Mais uma colaboração no migalhas. Desta vez para um artigo sobre o Trem Azul, uma loja de jazz.

Bom mas bom!

Aí fomos nós para as Berlengas, esse sítio cheio de gaivotas, onde as pessoas se escondem debaixo de lenços para não misturarem cagadelas demoníacas vindas do além com o sal que têm no cabelo.
Não há água doce. Não há água quente. Mas em compensação há um mar paradisíaco, que se pode aproveitar se estivermos com muita vontade de um mergulho! Caso contrário não me apanhariam lá, de certeza!
Fiz amigos, uns de penas no corpo, outros na cabeça, outros nem isso.
O saldo foi positivo: um cartão de 5 litros de vinho
muito arroz de tomate
gaivotas como se não houvesse amanhã
alguns desenhos - não se pode dizer que tenham sido poucos
muita música foleira
o primeiro mergulho do ano, em águas gélidas
amizades reforçadas
e um S. Marcos no finzinho a fechar a coisa em grande!

domingo, 23 de maio de 2010

ASNEIRA e Löbo

A propósito de um concerto que está para vir, andei a desenhar meninas e lobos. Não são uma referência ao capuchinho vermelho, mas é quase impossível não pensar nisso... Neste caso a menina chama-se Asneira.


segunda-feira, 10 de maio de 2010

mini-flor-super-dedo

Este foi um dos desenhos que pus no Urban Sketchers . Para quem não conheça, é um colectivo de gente que desenha em diários gráficos.


terça-feira, 4 de maio de 2010

Migalhas







Já podem saber. Estas são as ilustrações que podem encontrar por aí em individuais de mesa, pelos restaurantes de Lisboa e não só. É a agenda cultural Migalhas do mês de Maio. Embora esteja lá o nome de outra ilustradora, não se deixem enganar! São meus! :)

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Voltando atrás...

Há coisas que não podem ser partilhadas, por mais que queiramos. Nem revividas. Coisas que nos tocam de um modo tão estranho quanto forte, e que nos levam para outro tempo, onde tudo parece ter sido perfeito, sem que o tenha sido.
Os cheiros têm essa... capacidade. Ou nós temos a capacidade de ser levados pelos cheiros...
É um tele-transporte, que peca por ser demasiado rápido. Ora se sente, ora já passou. E o cheiro da avó velhinha é rapidamente substituído pelo gasóleo queimado de um camião.

O coração acelera,
as palavras aparecem,
as lágrimas perguntam se podem,
e não há tempo para uma resposta.

Na procura da caneta, já as palavras fugiram e se transformaram noutra coisa qualquer, bem longe da "coisa" impulsionadora de toda aquela sensação.

Recolhe a lágrima.
Abranda o coração.
Voltamos ao agora.

Março de 2008

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Depois de tanto tempo...

...justificado, claro, volto com uma ilustração que estive a fazer para "uma coisa" que não posso desvendar. Mas aí fica ela. Digam o que vos suscita a imagem, para saber se fui bem sucedida :)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Exposição NÓS em Corroios


É a última de 4 exposições e com ela encerro este ciclo de nós. Espero por vocês às 16h na Galeria Municipal de Corroios, com uma garrafa de moscatel na mão! :) Estou a tentar aliciar-vos com alcool, não sei se perceberam...

terça-feira, 16 de março de 2010

Algures entre o campo grande e a Alameda

Mais um daqueles casos em que tenho que desenhar a pessoa com a minha franja à frente dos olhos... não gosto que me "apanhem"... a vantagem destes desenhos sem tempo, é que tenho desculpa para interromper assim que quiser, e reduzo as probabilidades de ser "apanhada"...

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Morsas ao estilo da gravura japonesa, digo eu!...

Ando às voltas com as morsas, estou capaz de as matar! O ponto alto deste trabalho foi ontem, quando percebi que me tinha esquecido do scrtachboard em Estremoz, onde estive esta semana toda. Ora, quem não tem cão caça com gato! Vai de fazer a coisa em poliester (ou draftex, uma especie de papel vegetal mas de plástico). É claro que os gatos não caçam os mesmos bichos, mas alimentam-se na mesma...

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

No estúdio...

...da antena 3, com o Henrique Amaro. Gostei de fazer este desenho, especialmente o microfone!

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

morsas - Odobenus rosmarus

O que ficava bem aqui era a "I am the walrus" dos Beatles, mas não consegui, por isso fica apenas o desenho. Pastel de óleo sobre papel.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Novo blogue aí na cena!

Pois é, finalmente está feito o blogue O Bugalho dedicado ao mestrado de ilustração que estou a frequentar. O blogue é constituído por 24 alminhas que, ora na vertente científica, ora na vertente artística, farão o seu melhor por encher o dito cujo com ilustrações do mais alto nível. Hoje é o primeiro dia do resto da sua vida e, como tal, dias mais interessantes virão. No entanto não deixem de passar por lá e preparem-se para de vez em quando ficarem de boquinha aberta :)

Coisas de metro

O metro, o comboio, o eléctrico, tudo sítios confortáveis para se desenhar e fazer linhas direitinhas... Os transportes são amigos de quem não tem tempo, mas se as viagens forem rápidas demais torna-se um bocadinho complicado passar dos pés das pessoas...quando se chega aos joelhos, vão-se embora! Não é justo...


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Para desenhar...

...só é preciso ter caneta. De resto, tudo é um bom pretexto (embora uns melhores que os outros...).

domingo, 24 de janeiro de 2010

Desenhos sem tempo

Decidi começar a pôr aqui os desenhos do meu diário gráfico, que recomecei a fazer influenciada pelo mestrado, mais especificamente pelo seminário dado pelo João Catarino. Deixei há muito tempo de fazer desenhos deste tipo e agora decidi voltar. Não há prática mais produtiva que esta! São desenhos sem tempo porque são feitos em intervalos de tempo, em viagens de metro,ou momentos de espera... aí fica um.