Às vezes, as brincadeiras acabam a ser o nosso trabalho mais sério, talvez porque a estupidez seja o que nos é mais natural!
Costumo dizer, com pouco orgulho e muita preguiça, que sou uma inútil no que respeita a tecnologia aplicada às artes. Pouco orgulho, pelas razões óbvias; preguiça, porque me recusei até aqui ( e recusarei nos tempos mais próximos) a aprender a trabalhar com programas de computador como o Illustrator e afins, ferramentas, como se sabe, indispensáveis a quem pretende arranjar trabalho como ilustrador.
O ponto alto da tecnologia na minha vida, enquanto ilustradora, é a utilização de uma pen tablet, que uso de uma forma muito rudimentar. A verdade é que eu gosto de linha. Linha preta, de preferência. E, na falta de um scanner, nada melhor que poder desenhar directamente no ecrã. Simples e directo.
Há tempos, o Ricardinho desafiou-me a fazer uma série de ilustrações com ele sobre o tema Canibalismo, com o intuito de fazermos uma mini publicação a duas cores. Claro que não aconteceu nada disso, mas a motivação inicial (ou o fogo no cú, como muitos lhe chamam) levou-me a fazer algumas ilustrações com a pen tablet.
O resultado foi este que aqui se vê.


E a verdade é que sabe bem fazer por fazer.